28.9.06

O MARINHEIRO [não o de F.P., mas o meu!] ou Variações em torno de um desenho em CorelDraw

Conta por aí que, às vezes, marinheiros-náufragos vão aportar numa ilha onde precisam esperar, esperar, esperar... mas, por quem?
Pela esperança -- que, espera-se, chega engarrafada, silenciosa e matreira -- e que pode, inclusive, nem chegar --
Enquanto isso, para sobreviver, eles constroem castelos de areia e vidas dentro destes castelos na areia. Nomes, ruas, logradouros. Habitados e desabitados. Assim, quem sabe, eles esqueçam deles mesmo e, na melhor das hipóteses, da solidão.
E, esquecendo, também esqueçam de encontrar a garrafa-náufraga que, encalhada na areia, pode chegar e lá ficar esquecida...