31.3.08

a vida como arte do desencontro

Não falei sobre isso anteriormente. Não me posicionei. Mas, só tenho a declarar que a Paixão de Cristo de João Pessoa, neste ano com o espetáculo Maria canta a Paixão, foi um sucesso em muitos aspectos. Sucessos pelas pessoas que reuniu em sua produção: da dramaturgia à direção, das costureiras ao figurinista, do aderecista aos atores. Tudo era bom. Me emocionei com a minha participação neste espetáculo que, em minha estória pessoal findou por encerrar um ciclo aberto em 2005. Ver, rever, todo dia duas vezes, a genialidade em cena de Eleonora, a graça de Mayra, a experiência de Melânia, o encantamento de uma certa magic in the making no Cristo de Walmar já era tudo. O resto, qualquer palavra que se diga, qualquer som, além do silêncio de Hamlet, é a mais pura bobagem.

Nestes dias de encantamento, todavia, a vida se apresenta viva pra mim. Mudo pra continuar vivo. Sobrevivo a mim mesmo, até. Continuo esperando. Feito Pedro Pedreiro espero o trem que já vem... que já vem... que já vem... que não vem! Temo o que vem pela frente e sigo com medo por simples medo.

2 Comments:

Blogger Márcia Leite. said...

Diógenes, gostei muito desse espaço, das tuas palavras, das tuas impressões e da sensibilidade toda!

O post sobre o Museu da Língua Portuguesa me deixou babando e com mais vontade de conhecer o lugar.

Adicionei seu blog, ouquei?
Quero voltar mais vezes.

Bjo.

=)

9:14 PM  
Blogger Letícia said...

Sobre A paixão de Cristo... Não fui, mas soube que foi teatro bom.

Sobre a vida que se apresenta, o mais difícil é fazer com que a gente permanece vivo, sobrevivendo a si mesmo. Mundo que fica chato e gente que só vem pra machucar mais. E Pedro Pedreiro espera o trem e todo mundo tem medo.
Adorei o post.
E eu também sigo... com preguiça e puro medo de ter medo.

Bjs...

Letícia

11:18 AM  

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