13.7.08

pela janela do carro: quem é ela?

viagem cansativa. achava que nunca mais ia chegar aqui. atraso maior do que a vida em recife. depois ficar dentro do avião horas. chegar, pegar mala, tomar taxi. cheguei muito cansado. no outro dia, parecia que não havia dormido e que o tempo tinha, simplesmente, sofrido uma elipse. cansadíssimo. levantamos ali pelas dez. tomamos café e rua. correr pro sesc. comprar os ingressos pro prêt-a-porter 9 e para senhora dos afogados. depois, paulista. lojas, ver tudo o que o dinheiro pode comprar. a minha loucura instaurada pela gaveta da compact blue. minha vontade de comprar tudo. a racionalidade que impede. almoço. outra andada.
eventos surreais. primeiro: encontro com maria silvia betti em plena paulista. contextualizado, nada demais, mesmo sendo. conversa. dicas. surreal: encontro com marcel vieira. o mundo é muito pequeno e bastante organizado. impressionei-me. encontra alguém no meio do centro do mundo. é... é a vida.
noite. ir ao sesc e ver dois trabalhos marcados por antunes numa mesma noite. o prêt-a-porter é um exercício. interessante. são três quadros. gosto mais do segundo e do terceiro. achei o primeiro ruim. o segundo é o mais rico e equilibrado. duas mulheres convivem em um apartamento minusculo, com pouco dinheio, com pouco espaço, com pouca vida, até. têm que se suportar. tomam a sopa e conversam sobre o dia a dia. a mais velha não gosta de sair. não gosta de cumprimentar os vizinhos no elevador. a espeança é pela réstia de sol. que, em um dado momento do dia, invade a sala. por uma, também, minúscula janela. a janelas diminuiram nas construções para que as pessoas não se matem. assim, explicam, também o sol entra menos e, sem processar, a vitamina D, ficam mais deprimidas. e esperam a vidar passar. e esperam a morte. o final é interessantíssimo. ao som da tv, num show de artistas que passa no programa silvio santos, escutam uma musica melancólica. o ultimo quadro mostra uma prostituta que convive com um fugitivo. a estória é simples, baseada em sonhos de uma vida melhor. mas, a atriz me surpreende plenamente. seu trabalho é fantastico. uma prostituta, bêbada, meio drogada, mas, num ponto de tensão, entre melancolia, tristeza, dor de viver.
o tempo tá acabando... depois, vou escrever sobre a senhora dos afogados.. é um monto todo. adianto: aula sobre como fazer Nelson. Maravilha. Nada além disso.

1 Comments:

Blogger Unknown said...

São Paulo é o cenário perfeito para se viver um drama urbano. Essa cidade comporta o maior númeo de espressões faciais por metro quadrado. É um espetáculo observar os passantes nes ruas de São Paulo, cada um com seus problemas, cada um com seus amores. mas todos com a vontade única de ser feliz, seja como for!!!! Se a inveja não me matar até lá, estarei esperando masi detalhes da viagem... Abraço

12:13 PM  

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