23.1.08

a fantastica e louca aventura de querer mais que um bem querer

Vc, de repente, vai vivendo sua vida. Vc, tb de repente, encontra alguém um dia que te sorri, que troca telefones, que se encontra com você e te faz sentir incrível. Vc passa a acreditar de novo, vc começa a planejar a vida para depois de amanha, você começa a pensar em enredos românticos. Dispensa todas as diferenças e acredita q as afinidades serão mais do que suficientes para que o amanhã não chegue nunca mais. Que seja dia semrpe, uma noite eterna, com uma blue moon no céu. Aí vc cai do cavalo na mesma velocidade como subiu. É estranho. Os telefonemas rareiam. As pessoas que não se largavam por dias a fio, não mais se vêem e tudo era só o que era: ilusão. Mesmo assim, vc entra em modo de espera e... Espera.

Não contente, e na ânsia por vida, vc, então, vai à luta... vc encontra uma outra pessoa. Curiosamente esta pessoa tem muita coisa parecida com vc, muita mesmo. Tanta que vc se assusta e tem vontade de sair correndo. Neste acaso, afinidades são extremamente assustadoras. Quase arrepiantes. Vc ouve certos textos que, no script da vida, normalmente são executados por vc. E daí aquela consciência do quanto vc já foi patético, do quanto vc já deve ter metido doses cavalares de medo nos outros por conta de sua Carência não menos cavalar. Vc fica com tanto medo que foge – quase de si mesmo. Foge porque, talvez, não consiga lidar esta ordem das coisas, porque, talvez, só entenda do difícil, da dor, do sofrimento, de arrastar mesmo a cara na Medina no meio do sol quente! Vc se sente desmoralizado! Vc se sente uma bosta... Mas é a vida! Nada além dela...

Mas entre estar desmoralizado e estar morto – muita distância! Kilometros inteiros! Você, reivindicando seu direito às pedras de gelo no copo de coca cola, segue! Vc vai em busca de coisas antigas de gente que te olha com “olhos de conhecer”. Gente que, por isso mesmo, te assusta. Gente que é somente “projeto falso”, gente que é “imoral, ilegal”. Mas que te olha. E vc, no seu direito de quem está bem vivinho, olha também. Que vc acredita mesmo que tb te deseja, nem que seja um desejo obscuro pelo que vc é. Não em essência – mas por aquela pessoa que vc parece ser – não em aparência. Daí, meus bens, é enlouquecer mesmo. Vc abre mão da realidade e começa a viver a Experiência quase mística do “... e se?” Vc passa a acreditar em sorrisos, olhares, gestos. Vc quase precisa se graduar em algum curso que ensine a ver o que está invisível. Vc pede a opinião de deus e do mundo. Todos mundo vê. Mas, vc não acredita. Vc só acredita no maldito “... e se?” E, no fundo, é ótimo!

Nessa viagem ao passado. Vc encara o passado. Reencontra o passado. Vê a bosta que é o passado. Prova sua força física – pra não usar a palavra correta. Descobre que ainda está em forma. Que seu corpo físico ainda está em dia. E é só. O vazio continua. Porque o passado é só isso – passado!

Enfim... quanta coisa a gente pode viver em menos de uma semana?

7.1.08

I did it again!

Vi Saigon de novo, com direito a segundo ato na área VIP e tudo... desta vez com Lissah Martins... no próxímo post conto tudo!

5.1.08

pelas ruas!

confesso que já cansei, se é possível: canse de ver gente bonita, cansei de ver livrarias com tudo o que quero e de ver todos os cds que adoraria comprar. cansei. enfim, fico pensando e filosofando sobre como deve ser difícil viver numa cidade em que tudo está à mão para quem tem dinheiro para comprar, é óbvio.

mudando de assunto: choques. fui com duílio, ontem, ao museu da língua portuguesa. é maravilhoso e indescritível. a esdtaçaõ da luz foi adaptada e é babado. tudo quanto é de recurso tecnológico à disposição de um bandod e gente que, na vida, só precisa ficar inventando como deixar as outras abestalhadas. são telões de mais de 100 m, sõa recursos de luz e som, são telas que mexem e se abrem para outros espaços, são poemas lidos por bethânia, buarque todoa qualidade de gente xike e bacana. duílio saiu surtado e disse q já que o negócio é a língua portuguesa, então saiu esculhambando e falando todo o repertório de palavrões que se conhecia... e quase morri de rir.
no mais, fizemos a peregrinação pelos templos do deus dioniso. fomos no TBC, e de lá olhamos para a fachada do teatro da rua major diogo, onde o teatro moderno neste país começa. depois fomos ao Oficina e rendemos homenagens, deferência, batemos cabeça e saudamos chão e paredes daquel lugar onde habita o deus baco. óbvio que lá, depois de falar com o vigia, pudemos ver a sala de espetáculo, e só podemos dizer que zé cleso é babado e do babado. depois passamos pelo teatrinho, a que se chama de Arena, onde a odisséia e a revoluçaõ do nosso teatro começou de verdade, e lá, mais ou vez, louvamos. por fim, tb passamos pelo CPT de Antunes, onde o nosso teatro contemporâneo começou. Enfim, ô Sampa, por que fazer isso conosco!!??

4.1.08

My American Dream

Ontem foi Miss Saigon. Estou com ganas de ir ver de novo, além do que é uma das poucas peças em cartaz... não fosse o preço... mas, paciência. Achei e ainda estou achando que vou enlouquecer. Não sei se consigo dizer em palavras o que se passa. Foi tudo! Maravilha! Lindo! Um escândalo... Queria falar de cada cena, de cada coisa que me emocionou, mesmo num espetáculo tão comercial. A luz é um personagem à parte. Uma maravilha... Enfim, como disse, estou sem palavras. Então falo de mim. Acho que Duilio se espantou com as minhas reações. Aliás, creio que até eu me espantei comigo mesmo... me balancei, me tremi.. me emocionei... estou realmente estranho nos últimos tempos. Gostaria de contar cada detalhe, de falar como me senti a cada mudança de cena. Mas, tento falar depois. Este post já se perdeu e tudo o mais. Já estou tentando refaze-lo... e com dificuldade... Enfim, só digo uma coisa: pra quem me conhece, num preciso falar. Talvez o meu próprio silêncio diga dessa minha parte de sonho.. do que eu queria para a minha vida, do trabalho com o teatro ao apagar a luz, ao primeiro acorde da orquestra e pela colacação da palavra cantada no center stage...
ps: não vimos com Lissah Martins, mas com a Cristina Cândido, que faz uma ótima Kim....

2.1.08

vontade de correr!!!!!!

enfim. saímos de joão pessoa. chegamos em são paulo, sem atraso no vôo. quase inacreditável isso! caímos no meio da são silvestre, que impediu o taxi de nos deixar no nosso hotel e iniciamos uma performance urbana, a que duílio já intitulou de 'as malas'. andamos de calçada em calçada, até que nso deparamos com o famoso cruzamento da música de caetano e nos sentimos em são paulo, mesmo que nada contecesse em nossos corações! achamos o hotel e caímos escangotados na cama. acordamos ali pelas 22:00 e fomos a um barzinho na vieira de carvalho. lugar para quem entende. práticas e representações que nos deixariam a todos beges em nossa provinciana cidadezinha. só lembramos de adeilma e de diniz a todo instante. de muiats maneiras vcs estão bem aqui conosco, naõ só no coração, mas em um sem número de referências, de conversas, de percepções e de visões. visões mesmo do paraíso. paraíso mesmo! muito! aqui seria necessário termos uma fábrica inteirinah de jaulas. o ano passou de um para o outro. e foi normal, como sempre. voltamos p o hotel e acordamos no outro dia.
até são paulo para. eu confesso que não acreditaria se alguém me disesse. quase tudo fechado e batemos de porta em porta até o meio-dia. a paulista suja da festa do dia anterior. muito papel picado. muito mendigo na rua. giovanni tem um imã. todos os mendigos pedem dinheiro p ele. acho que eles acreditam que pela barriga se mede o bolso, ou algo q o valha. sei lá. eu duilçio ficamos incríveis. sem muita emoção, almoçamos e fomos ver um filme no espaço unibanco. depois de muito procurar, escolhemos um pelo título e por ele tratar de teatro. valeria, sinceramente, a viagem inteira. é como se nada mais fosse me surpreender. um negócio. são jogos de cena, como no título. mulheres dão depoimentos. eduardo coutinho, depois, pega atrizes e elas fazem um jogo com o depoimento. até aí tudo ok. o bom é quando a gente fica sem saber quem é atriz e quem é personagem qdo as atrizes são desconhecidas. melhor ainda ver o surto das pessoas, elas mesmas. diante de tudo, elas surtam, não sabem o limite da técnica, da realidade, da representação, da mentira. é ótimo ver andréa beltrão chorar sem querer, marília pêra fazendo a mão surtada q bate na filha e perguntar a coutinho se ele quer que ela chore, pois ela teria o cristal japonês se fosse necessário. e fernandas torres louca total! PIRADONA! dizendo que está metidno, que não sabe mais quem é quem... uma doideira! linda e, óbvio, uma porrada! filme pesado, difícil, sensível...
dormimos cedo, depois de ver os filhos de francisco na tv. o outro dia foi dos sebos, das livrarias, dos cds, dos dvds. uma loucura! a vontade que dá é ser rico! só tenho isso a dizer: lembro de cada um a cada encontro com o novo. enfim! que u-ó!
amanhã, vamso ver Miss Saiggon... e aí, meus caros, isso é assunto pra um blog inteiro... beijo-me-liga!